segunda-feira, fevereiro 09, 2015

ALLL STARTS AND ENDS ONYOU

 
 
ALL STARTS AND ENDS ON YOU
Antonio Carlos Rocha

Everything begins and ends with you,
my great love of skin, smell,
voices, looks, soul and paths.
My road is not very long,
just right there where nobody sees
between a net , a twilight
whose calm  and peace  I realize
Do not slaughter me the gap, the stones.
dust and birds of prey.
Someone paid me by the hand, lift me up,
 and sends me to move on.
 
 
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TUDO COMEÇA E TERMINA EM VOCÊ
Antonio Carlos Rocha
Tudo começa e termina em você,
meu grande amor de pele, de cheiro,
de vozes, olhares, alma e caminhos.
Minha estrada não é muito longa,
acaba logo ali onde ninguém vê
entre uma rede, um crepúsculo
cuja calma percebo e pressinto.
Não me abatem o fosso, as pedras.
a poeira e as aves de rapina.
Alguém me paga pelas mãos, me levanta,
me acalanta e manda seguir em frente.
 
 
 

segunda-feira, janeiro 26, 2015

CALOR FEROZ

 
 
CALOR FEROZ
 
Antonio Carlos Rocha
 
Difícil aguentar esse calor feroz...
que a vingança da natureza
nos incendeia a pele e a alma
neste forno de concreto, asfalto e vidro.
Meu ser não se adapta à travessia
de deserto sem água, sem brisa fresca,
com chuva esparsa que não acerta o alvo
da lagoa seca pela imprudência humana.
Meu corpo só se compraz
com o calor do corpo de mulher
que me resseca a boca
mas me lava a alma,
dádiva da natureza em paz
com o vulcão de cada um.

NUVEM DESGARRADA

 
 
NUVEM DESGARRADA
 
Antonio Carlos Rocha
 
 
Não foi o gato,
não foi o cão,
a moça, a moto,
o menino de rua,
que tirou o meu sossego.
 
Foi a nuvem negra,
que bebeu demais,
se perdeu das outras,
e despejou água
na minha cabeça.
Choveu no bolo
da namorada
que eu levava
e virou pasta.
 
Chamei o vento amigo,
e ele carregou
a nuvem desgarrada
para o seu rebanho.
Não guardo mágoa,
perdoo os bêbados.


 

 
 

sábado, janeiro 17, 2015

POR DO SOL EM ILHA BELA


 
POR DO SOL EM ILHA BELA

Antonio Carlos Rocha
 
 
 
Poente o mar onde o sol mergulha
a gaivota se aninha
o cão se aconchega
e a mulher se recorda
do conforto que se foi
no sopro do vento.
no marulho das ondas
na noite sem volta.
 
Em frente, o caminho da lua
o piscar da conchas
o carinho das águas
nas solas dos pés
a paz da criança
 e do  sorriso interno
ainda capaz
de compor castelos.
 
foto Nety Chan

domingo, janeiro 11, 2015

Crônica




Em Rio Preto um jovem de 17 anos, o "Modinha" foi morto com um tiro por dois amigos que confessaram o crime e alegaram ter sido uma reação contra o "bulling" que a vítima praticava contra eles. A polícia apurou com testemunhas que o "Modinha" era pacato, educado e respeitador. O delegado acertadamente concluiu que a motivação fora outra: inveja e ciúme porque o "Modinha" se vestia bem e chamava a atenção das garotas por ser bonito.Os "di menor" serão beneficiados pela impunidade legal. A autoridade policial poderia ter indiciado, após investigação, os professores que, baseados em Lula, o Magnífico Educador, instigam os jovens a não aceitar as diferenças: pobres contra a elite branca, negros contra brancos escravistas, machistas contra gays, feios contra bonitos. A "jihad" bolivariana continua preparando os futuros terroristas. Vamos continuar tolerando essa discriminação odiosa? A diferença com aquela pregada em muitas mesquitas mundo afora, é que a dos fundamentalistas islâmicos  tem como alvo todos os infiéis que não professam as mesma ideias.  Os nossos terroristas estão a caminho  A revista "Veja" já foi apedrejada por militantes contrários à divulgação dos chefões do Petrolão. Teremos o nosso Charlie?
 
 

quinta-feira, janeiro 01, 2015

TEMPESTADE



TEMPESTADE
      Antonio Carlos Rocha

A água da chuva benta
molha a vidraça
tamborila.
O raio cai
a terra esquenta
o olhar cintila
o medo abraça
o grito sai.


O gesto procura
 a mão que abriga
a boca que canta 
a canção antiga.
a lembrança pura
que o tempo espanta..


FELIZ ANO NOVO NA PRAIA




A poluição desce a serra com milhares de carros queimando gasolina, a cidade não comporta tantos veículos e gente. Cada um quer seu pedaço de praia, o churrasquinho de bode, a caipirinha com limão azedo (ó o que sobrou), o sorvete derretido, a cerveja caríssima que esquentou, a sua onda com cheiro de esgoto , o celular para dar inveja aos amigos que não viajam, as delícias do fim de semana, a paz de cigarras cantando ao anoitecer, a brisa que beija e balança as roupas dependuradas, molhadas de suor, enquanto você tenta dormir na rede e a buzinação não deixa. 
Feliz Ano Novo na praia. Pule sete ondas se não empurrarem e você cair de quatro na terceira, engolir água para misturar com o champanhe, sair dançando com Janaína e pisar no dolorido espinho das rosas em homenagem. Pelo menos ficará sóbrio para pensar a que horas pega a estrada e volta para este inferno da Capital.

terça-feira, dezembro 23, 2014

DEZEMBRO


                                                                      
  



Dezembro é mês de todos os amores:


Por Ele,


Que nasceu para amar a humanidade,


Pelas crianças de olhares perdidos


E mãos suplicantes,


Pelos velhos secos e tristes que dormem


Nas calçadas,


Pelos que abrem jornais e livros


Mas não sabem ler,


Pelos filhos, netos e amigos queridos


Que nos animam,


E (porque não?) por todas elas


As mulheres que veneramos


Ontem, agora e sempre.

 

 




                                                                
Antonio Carlos Rocha









 

segunda-feira, dezembro 22, 2014

AMPULHETA

 
 
 
AMPULHETA
 
Antonio Carlos Rocha
 
Haverá um tempo
de rosas sem cor,
perfume  perdido
nas asas do vento,
de noites sem lua,
de violões silentes,
de sonhos estilhaçados,
caindo pelas beiradas
das taças de cristal..
 
Haverá um tempo
de liças vencidas
com o retinir de espadas
abafado pelo dobre dos sinos,
Sim, chegará o dia
dos festins nos castelos,
dos risos, dos amores,
e da onda lavando  a areia.
 
Enfiarei esses tempos
na mochila nas costas
e os guardarei  na ampulheta
pelo caminho em frente,
até que uma águia nos leve
para o aconchego do destempo

quinta-feira, dezembro 18, 2014

O SOL SE VAI

 
 
O SOL SE VAI
 
Todas as manhãs sinto o  calor
de quem acorda ao sol de verão,
com as mãos queridas no meu rosto,
com o perfume de flor no quarto,
com o gosto de lábios nos meus.
 
É  bom sonhar a lembrança,
o resto que não me deixa
dormir com as trevas do nada.
Quantas noites acordada
esperou por mim ausente?
 
Havia um corpo,
uma voz.
um olhar,
um suspiro,
uma lágrima.
 
Agora que eu não vou
ela não vem.
Agora que eu estou
ela não há.
E o sol se vai também.

Antônio Carlos Rocha