NOITE DE LUA MORTA
Por que este silêncio de corredor de pirâmide?
Este frio de tumba de rei assassinado?
É noite de lua morta, de estrela solitária.
Para que ouvidos se a amada dorme
e em sonho suspira fundo?
Para que esta mão paralisada que não toca
nem desliza pela colina de um seio?
A boca não declama o poema preso ,
neste olhar de pedra do pesadelo que veio
para assombrar o prazer de dormir ao seu lado.
O gato degela, pula na cama e me acorda.
Antônio Carlos Rocha
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