
Na janela
Na janela, uma mulher.
Na janela, o mundo.
Na janela, a noite.
Na noite, as estrelas.
Na noite, as risadas.
Na noite, a alegria.
Na noite, o olhar da mulher.
No olhar da mulher, a noite.
No olhar da mulher, as estrelas.
No olhar da mulher, o sorriso.
Na mente da mulher, um pensamento.
Na janela, uma mulher e seu olhar
E no seu olhar, a noite, as estrelas, o sorriso.
E na sua mente, um pensamento.
“vou me matar”.
Na janela, a noite.
Na noite, as estrelas.
Na noite, os gritos.
Na noite, a ambulância.
Na noite, o sangue.
Na noite, a mulher, as estrelas, o gritos, a ambulância, o sangue.
Na noite, a morte.
NATÁLIA RODRIGUES
Direitos reservados
É possível a uma jovem como Natália, com a energia e o impeto da mocidade, amante da natureza, dos animais, da vida, cercada de amigas, mergulhada nos estudos de relações internacionais, nos festejos e namoro da idade, poetar tragédias? Mestre Fernado Pesssoa afirmou que "o poeta é um fingidor". O talento não está em transcrever as próprias experiências, mas em apreender e sublimar em versos aquelas que tocam nosso olhar e sentimentos.
Natália tem esse dom.
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