terça-feira, janeiro 13, 2009




AMOR MOLEQUE

O amor anda por ai, moleque arredio,
disfarçado num sorriso tímido,
num breve olhar fugidio,
na mão que foge ao contato.

Ontem, do alto de uma sacada,
atirava flechas a esmo,
acertando a garota de coxas grossas
e o sizudo executivo de terno preto.

No balcão do bar se encontraram
o moto-boy de 20 anos rebeldes
e a senhora de cabelos anelados,
dois destinos que se cruzaram.

O amor chega voando
sem dar aviso, sem exigir juizo
de quem bebe seu elixir
porque anseia se enamorar.
Brinca, ri, gargalha,
Traz imensa felicidade
Até a essência se evaporar.


Direitos reservados: Antonio Carlos Rocha

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