CERTEZA DO TALVEZ
Não é mais tempo de saudade,
Nem de choro, nem de canção triste
Nas cordas de um coração desafinado.
A vida corre nas veias da idade,
Enquanto a cabeça a tudo assiste
Sem pôr rédeas no potro indomado.
Uma noite, de repente, chega a hora
De ver no espelho olhos de criança
No rosto marcado de ontem e de agora,
Vincos perdidos no fundo da lembrança.
Não, não é tempo de chorar o que foi feito
E muito menos o que não se fez.
É preciso deixar livre e solto o peito
Para ir em frente na certeza do talvez.
Autor: Antonio Carlos Rocha
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