
AUSÊNCIA
Está frio, embora seja verão.
No rio do olhar a canoa passou,
rápida rumo à cachoeira.
Na boca, uma vírgula seca os lábios.
Nos ouvidos, o silêncio dói.
Está frio.
O coração ordena ficar na beira
aguardando a canoa voltar.
A ausência constrói a espera,
a espera presume a saudade.
Antonio Carlos Rocha
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