Antonio Carlos Rocha
ZAP!
São noites que assustam com seus fantasmas,
ao arrepio do sono que fugiu pela janela
atendendo ao canto de estrelas cadentes.
São espectros do dia findo e de outros de outrora,
náufragos de barcos que não resitiram à procela,
querendo se impor nas telas quentes da memória.
São nossos medos emaranhados nas teias do agora.
ZAP! É preciso mudar de canal com urgência
antes que a neve congele a nossa história!
Um rosto belo, o calor de uma voz querida,
a imagem do sorriso nos lábios e no olhar,
a lembrança dos bons momentos que hão de vir,
bastam para impulsionar as velas da esperança,
porque a vida só é real quando se ativa o seu fluir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário