

SAGA DO PEREGRINO
Já não sou tigre, nem onça,
Nem águia, nem falcão,
Mutante conforme o desafio
Do momento o exigia.
O cajado que já foi carvalho,
Que sugou a seiva da terra
E guardou sua potência,
Hoje perdeu a força e a vibração.
Serve apenas de amparo
Nas agruras do caminho,
E de defesa contra as feras
Que ainda temem seu poder.
Não ambiciono coroas,
Não busco tesouros,
Não me importo para aonde foram
Helenas, Circes e Messalinas.
Já não sou tigre, nem onça,
Nem águia, nem falcão,
Mutante conforme o desafio
Do momento o exigia.
O cajado que já foi carvalho,
Que sugou a seiva da terra
E guardou sua potência,
Hoje perdeu a força e a vibração.
Serve apenas de amparo
Nas agruras do caminho,
E de defesa contra as feras
Que ainda temem seu poder.
Não ambiciono coroas,
Não busco tesouros,
Não me importo para aonde foram
Helenas, Circes e Messalinas.
No entanto, ando ereto,
Sem nenhum medo do futuro,
Porque desisti da vidência,
E do inútil desejo de moldá-lo.
Prefiro peregrinar nas sombras,
Economizar palavras,
Rejeitar sectários,
E a vã sabedoria.
Mas bem que um cavalo
Nesta saga ajudaria...
Antonio Carlos Rocha
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