
É TARDE
Não sei se é tarde
Para voltar ao começo,
Pois o sol já não arde,
E até o amor tem seu preço.
No início, sem cobranças,
(Éramos tão crianças),
Aos poucos, soçobramos
No mar da cobiça e da vaidade,
Onde as velas pandas de afeto
Não levam ao porto da felicidade.
Gira o olhar inquieto
Em busca do ouro no arco-íris,
Mas a noite o encobre
Esvaecendo a ilusão plantada
Pelos feiticeiros da tribo.
Não há mais magia ao findar do dia.
Nos meus braços, diz-me a filha do pajé:
É tarde para reviver; nunca, para viver.
Não sei se é tarde
Para voltar ao começo,
Pois o sol já não arde,
E até o amor tem seu preço.
No início, sem cobranças,
(Éramos tão crianças),
Aos poucos, soçobramos
No mar da cobiça e da vaidade,
Onde as velas pandas de afeto
Não levam ao porto da felicidade.
Gira o olhar inquieto
Em busca do ouro no arco-íris,
Mas a noite o encobre
Esvaecendo a ilusão plantada
Pelos feiticeiros da tribo.
Não há mais magia ao findar do dia.
Nos meus braços, diz-me a filha do pajé:
É tarde para reviver; nunca, para viver.
ANTONIO CARLOS ROCHA
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