quinta-feira, novembro 19, 2009




A GRAVATA







Tentei escapar e o laço apertou


O pescoço reagiu


Mas eram horas.


O olhar de escravo implorava


Enquanto a mão apertava um seio


 E a boca dizia chega.


Veio o beijo, mais um...


Pelo nó da gravata a cabeça subiu


E lá dentro o mundo girou.


O grilhão era forte e não se rompeu.


Fui para a gravata de seda dos braços.


Não doeu!






Antonio Carlos Rocha

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