ELEGIA AO MÁRIO
Coube ao Mário o destino das balas
Como a tragédia da vida
Espelhada na sua ficção autoral
De mente aberta para o humano,
Espelho do mundo, cristal de emoções.
Representar o herói, pra que?
Nem os do palco são vencedores
Nem os da guerra se gratificam.
Ser herói. Prá que?
Só uma vez mais...
Só porque o coração lhe disse...
O que sempre disse.
Daí a fera mostrou o primitivo
Que habita a alma
Do chacal que atua como homem
No palco de platéia selvagem
Suja das águas do esgoto.
São as fúrias que moram nas sombras
E surgem com garras afiadas para romper corações
De todos que amam a arte e os artistas.
Mas a vida é assim, Bortolotto:
O futuro pode ser curto quando a auralma é longa.
Antonio Carlos Rocha
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