quinta-feira, dezembro 10, 2009




ELEGIA AO MÁRIO











Coube ao Mário o destino das balas




Como a tragédia da vida




Espelhada na sua ficção autoral




De mente aberta para o humano,




Espelho do mundo, cristal de emoções.




Representar o herói, pra que?




Nem os do palco são vencedores




Nem os da guerra se gratificam.




Ser herói. Prá que?




Só uma vez mais...




Só porque o coração lhe disse...




O que sempre disse.




Daí a fera mostrou o primitivo




Que habita a alma




Do chacal que atua como homem




No palco de platéia selvagem




Suja das águas do esgoto.




São as fúrias que moram nas sombras




E surgem com garras afiadas para romper corações




De todos que amam a arte e os artistas.




Mas a vida é assim, Bortolotto:




O futuro pode ser curto quando a auralma é longa.






Antonio Carlos Rocha



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