segunda-feira, dezembro 21, 2009





PÓ E CINZAS







Pó e cinzas


Participarei do vento


Que vai ao mar


Na praia da Sununga


Quando voltar


À dimensão do nunca.






Antes de chegar


Voarei com a gaivota


Sobre ondas do mar


Repousarei na tartaruga


Que dorme na ilhota.






Na boca de um golfinho


Entenderei palavras


Que tentam aconselhar o homem,


Mas ele não escuta,


Ou apenas faz de conta.






Quase no fim da viagem


Serei grão do castelo de areia


Onde dorme a princesa


Lembrança que se apaga


Do meu sonho de menino.






Antonio Carlos Rocha

Um comentário:

Mariana disse...

Nos contos de fadas,o final é sempre feliz e melhor "Para Sempre",assim são teus poemas Antonio Carlos,encantados e eternos.
Beijo no coração,saudades!!