sexta-feira, fevereiro 12, 2010




BRUMAS NO OLHAR






Os olhos não vêem a luz,


Pois as brumas cegam o olhar


Quando o coração o conduz


Para bem longe da realidade.






A mão tateia em busca de arrimo,


Não encontra em que se apegar,


E a vontade não guia o destino


Nas rondas pelos becos da idade.






Doido sentimento exacerbado


Tremula qual bandeira agitada


Pelo vento que a levou do mastro


Ao astro do signo ignorado.






A verdade quando desejada,


A mente quer a que lhe sorria,


Cinzela sua vida em alabastro,


Raramente a vê à luz do dia.






Antonio Carlos Rocha 

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