quarta-feira, fevereiro 17, 2010




A CANÇÃO DA ESPADA



A lâmina da palavra corta mais que o gume do punhal,

Quando dita de forma impensada ao sabor da ira;

Talha fundo, fere a alma.

A canção da espada, hino da fúria e da insensatez,

Já assassinou belas amizades e amores verdadeiros.

Não a cante! Guarde-a na bainha!

Se a esgrimirem contra ti, a fuga não é covardia,

Mas gesto de humildade que acalma o agressor.

Dá-lhe tempo de se arrepender!



Antonio Carlos Rocha

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