quarta-feira, julho 21, 2010

Poema-Crônica



TROPEÇO







Tropecei, fui de cara ao poste



por culpa da boazuda



que nem cerveja toma.



Se tomasse seria gorda,



mas delas há quem goste.







Embora as vistas turvas



já não vejam obstáculos



enxergam cabelos loiros,



longos e encaracolados,



molduras de sublimes curvas.







O meu camarada Luiz



brindou a cena com risos



e o Zeca com gargalhadas.



São ainda verdes nos anos,



E mais de sessenta já fiz.







Será que ao dobrarem o cabo



ainda gostarão de mulher?



O Luiz não tem preconceito



e o Zeca já namorou travesti.



Que Deus lhes conserve o nabo!




Antonio Carlos Rocha

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