sábado, agosto 28, 2010






AMOR NATURAL







Não serás um grilo de monótono cantar noturno,


nem cigarra de voz impertinente a perturbar o sono.


Tua melodia soará como a de um regato,


amenizando as ardência s da febre da minha pele.






O tic-tac do teu pequeno coração


marcará suavemente o passar do meu tempo.


No percurso dos teus longos cabelos acetinados


minha palma ouvirá o que dizem as rugas do fado.






Meu corpo encontrará o teu em serenata


ao som da brisa que acaricia o arvoredo,


e me fará duende nos braços de uma fada.






Nosso enlace será o de filhos da natureza


despidos de todas as taras que a cidade cria


com seu canto de sereia do prazer supremo.






Antonio Carlos Rocha







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