segunda-feira, setembro 06, 2010

      

RUMO AO RIO

Não há potros no meu pasto,
apenas um velho jegue ruminante.
A grama seca pede chuva que não vem.

Passeio os olhos pelo céu,
enquanto a brisa acaricia o rosto
e os lábios murmuram a prece do dia.

Pressinto o chegar da nostalgia,
o desgosto do que poderia ter sido e não foi,
o mugiodo do boi e trote do alazão.

Viro de costas  para o ontem e o hoje,
caminho passos largos em direção ao rio
onde o meu vazio terá refresco.

Antonio Carlos Rocha

Um comentário:

Ana Cristina M. disse...

Meu querido poeta,estarei sempre perto adoçando a minha alma e o meu coração com teus versos que tanto me encantam e emocionam.
Um grande beijo!!!