SILÊNCIO
A semana passsou e eu calado,
fora de lugar, fora de mim,
tateando cinzas em busca de uma brasa
para reacender a fogueira,
aquecer o coração e a mente,
reencontar-me no espaço e no tempo.
Às vezes, eu fico assim, isolado,
perdido em brumas, pássaro sem asa,
escutando apenas o silêncio
que impera na gruta do ausente,
ansioso por ouvir a voz primeira,
aquela companheira da iluminação,
do dedo indicador do rumo a seguir.
Na segunda feira acordarei do sonho,
com a energia renovada,
com o coração batendo rápido,
acelerando os passos, os gestos,
as certezas e as dúvidas com as quais componho
o poema tosco de uma vida agitada,
mas plena de amor e sem protestos.
Antonio Carlos Rocha
2 comentários:
...Lindo!
...Lindo!
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