domingo, setembro 19, 2010

                                                                                    


SILÊNCIO



A semana passsou e eu calado,

fora de lugar, fora de mim,

tateando cinzas em busca de uma brasa

para reacender a fogueira,

aquecer o coração e a mente,

reencontar-me no espaço e no tempo.



Às vezes, eu fico assim, isolado,

perdido em brumas, pássaro sem asa,

escutando apenas o silêncio

que impera na gruta do ausente,

ansioso por ouvir a voz primeira,

aquela companheira da iluminação,

do dedo indicador do rumo a seguir.



Na segunda feira acordarei do sonho,

com a energia renovada,

com o coração batendo rápido,

acelerando os passos, os gestos,

as certezas e as dúvidas com as quais componho

o poema tosco de uma vida agitada,

mas plena de amor e sem protestos.



Antonio Carlos Rocha








2 comentários:

Ana Cristina M. disse...

...Lindo!

Ana Cristina M. disse...

...Lindo!