Não precisa me dizer o que já sei
Pelas mensagens do olhar furtivo,
Das mãos que tremem,
Dos lábios que se contraem,
Do sorriso que falta,
Do ombro que se afasta.
No universo, tempo, começo e fim se fundem,
Criam novos espaços e astros para preenchê-los.
O fogo, o gelo e o caos coexistem em harmonia.
Na vida, isso se repete.
As empatias terminam,
Os selos se dilaceram,
Os elos se desfazem no ar,
O buraco negro suga os afetos.
Resta o vazio a ser preenchido,
Pois sentimentos e emoções extintas
Recriam-se para eliminar o vácuo.
O humano não aceita a solidão
De planeta sem a luz de um sol.
Antonio Carlos Rocha
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