QUERER NÃO É PODER
Mulher dos devaneios nas horas tardias,
Quando arrulham pombas ariscas no telhado,
Tua figura dorme nas colchas vazias
Onde repousa o desejo de ser amado.
Dizer teu nome agora não vale a pena,
Pois o poema não carrega o sentimento
Para bem longe deste coração que acena
Com as promessas musicadas pelo vento.
Quanta fogueira existe nesse teu olhar!
Faíscas que atiçam o querer-te perto,
Nas minhas mãos ardentes para te queimar.
Não há magia nem milagre de uma prece
Que do errado possa extrair o certo.
Quero o pecado que a pureza desconhece!
Antonio Carlos Rocha
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