sexta-feira, janeiro 14, 2011

Crônica-poema

                                                                                                                                                                    
     A PIPA

Fiz uma pipa com a foto do teu rosto
e empinei numa manhã de sol,
qual menino feliz com o brinquedo.
O vôo daquele sorriso radiante
a comtemplar o mundo cá embaixo
foi a aventura mágica do momento.
O baile da garota amada entre os pássaros
convidava a dançar na grama do jardim,
sob a batuta da minha mão no carretel.
E eu dancei.
E eu sorri.
E até gritei de susto quando outra pipa se aproximou,
ameaçando cortar a linha como se pudesse cortar o amor,
como se pudesse te afastar num corrupio sem sustentação.
Mas um golpe de vento levou para longe a ameaça.
Chega de brincar!
Recolho a linha.
E te levo para casa protegida junto ao peito.


Antonio Carlos Rocha

Um comentário:

Anônimo disse...

Um sonho de poema,meu sonho.