quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Perdão

                                                                            

Perdôo-me

por tentar vôos sobre píncaros inalcançáveis,

por desconsiderar as fatalidades do acaso,

pela temeridade de rejeitar conselhos sábios,

pela teimosia,

pela soberba,

pela loucura.



Perdôo-me

pelas críticas e ofensas a quem amo,

pelas noites insones percorrendo os descaminhos,

pelas palavras silenciadas ou vociferadas com raiva.

por me afastar de amigos,

por repelir afetos,

e pelo beijo negado.



Eu te perdôo

pelo apoio insensato,

pelo amor imerecido,

e por seres tão mulher e tão humana.



Perdoa-te também!



Antonio Carlos Rocha



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