VENTO À BEIRA DA ESTRADA
O vento que sopra à beira da estrada
me diz dos amores que passaram
como o tropel de uma boiada
levantando poeira e sonhos vãos,
e das amizades que ficaram
tornando os boiadeiros irmãos.
Montei na égua da vida
E percorri seus caminhos
Que se juntam dentro d’alma.
O tempo me deu guarida
Com suas flores e espinhos
Seguindo as marcas da palma.
Deveria estar repousando
Na rede dos que já viveram
Os sonhos que a chuva levou.
Mas pelas quebradas eu ando
Sem lamento dos que pararam
Só porque um sonho se findou
Não se sabe por que ou quando.
Antonio Carlos Rocha
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