terça-feira, maio 10, 2011

LABIRINTO

Por descuído, curiosidade ou ousadia
a pessoa se envereda pelo labirinto
da paixão nebulosa, escura e sem saída.
Na poesia pretende encontrar os caminhos
que os seus olhos e o coração não enxergam,
enquanto o tato confunde lama com carne.
Mas os poetas não têm adagas para cortar,
lanças para ferir, nem escudos para conter
o minotauro louco que domina a mente.
Os poemas já contaram todas as histórias
que o desejo e a emoção puderam apunhalar,
deixando exangues os que doidamente amaram.

Aqui não há consolo,
nem porta para sair.
Quem entrou que ore
e acredite se puder!
O tempo é o templo
do que faz o homem e a mulher!

Antonio Carlos Rocha

Nenhum comentário: