PÁSSARO SEM ASA
Meus braços estão quentes
Porque seu corpo os aquece,
Minha pele se incendeia
Ao contato com o fogo da sua.
Minha boca sorve o seu mel,
Que se mescla ao sangue na veia
Enquanto meu coração sua,
Dispara e estremece.
Seus olhos estão cerrados,
No aguardo do momento certo
Para atingir o pico
Deste prazer que estico
Até que o longe se una ao perto.
Lá fora o frio de inverno,
Aqui o verão que abrasa.
O eterno é o agora,
Um pássaro sem asa.
Antonio Carlos Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário