sábado, dezembro 03, 2011

SEM CABELEIRA E BRILHANTINA





Nozes, avelãs, frutos importados
e uma canção também,
para agradar a boca e os ouvidos,
enquanto lembro alguém.
Volto ao Elvis, ao Love me Tender,
pois estou cansado
do sertão falsificado
que só aproveita ao romantismo.
Passei pelos anos sessenta,
tenho mais de sessenta anos,
e as vezes retorno ao tempo
do sonho doido que fascina.
Fui maluco sem beleza,
mas hoje vejo no espelho
o quanto sou belo agora,
sem cabeleira e brilhantina.

Antonio Carlos Rocha

 

Nenhum comentário: