sexta-feira, fevereiro 10, 2012

CENAS DE UM DIA QUENTE





CENAS DE UM DIA QUENTE

Que sono! O calor dá essa moleza
E tira o ânimo de trabalhar,
De caminhar até ali na esquina,
De se extasiar com toda a beleza
Que exibe o corpo da mulher-menina.
Devagar! Nós, também o cão sem dono.
 
Motoqueiros! Que correria é essa?
O ladrão não teve pressa, foi pego.
Muita quentura entorpece os captores,
Polícia demora, sossego, ele raspa.
O velho poeta não esquece amores,
Na praça, o livro abana o rosto e a caspa. 


Antonio Carlos Rocha

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