Deitado na praia de Ubatuba,
Contemplado pelo céu azul
Que admira meu corpo bronze,
Chamado pelas ondas do mar
Que me oferecem carícias,
Sou de tribo dos tamoios.
Canto para Tupã e Jaci,
Devoro a carne dos inimigos
Para ganhar valentia e força.
Mato o pero que me quer escravo,
Mas tenho um amigo abaúna
Que desenha seu canto n' areia.
O grande barco vai chegando
Com gente que corta árvore
E leva os bichos pequenos.
Suportar até quando?
Meus guerreiros aguardam a noite
Com suas flechas envenenadas.
Vamos vencer essa guerra?
Mas o pajé nos esconde o amanhã.
Antonio Carlos Rocha
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