quinta-feira, maio 17, 2012

NAVIO NO ESTALEIRO



Pudera eu ter te conhecido antes,
Quando vencia batalhas,
Quando subia encostas
Sem medo de cair no abismo.

Agora o tempo é enxurrada
Que carrega as esperanças
E afoga todos os sonhos.

Meu navio dorme em estaleiro
Marcado pela ferrugem dos desenganos,
Abandonado pelos velhos marinheiros.

Tivera eu  viço e audácia da juventude
E a energia para desdenhar dos temporais,
Levar-te-ia comigo para singrar os mares
Até encontrar a ilha que abrigasse os dois.

Antonio Carlos Rocha





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