sexta-feira, agosto 15, 2014

GAIVOTA

                                                                 
     
 GAIVOTA
                      Antonio Carlos Rocha

Esse frio que entra pela janela
machuca os dedos,
arranha a face.
fere os lábios,
sobe pelas pernas
e gela o sexo.

O coração se encapela,
balança os sonhos,
abriga presságios,
consome energia,
e sua voz não alcança
a nuvem mais baixa.

A luz que ainda brilha na alma,
chama para perto a gaivota
que fugiu dos naufrágios,
e conservou o fogo, o calor
para aquecer o ninho dos braços,
incendiar o que está dentro do peito,
acelerar os passos, a vida e o prazer.

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