
“CUMPADRES’ – “PADINS” – “CUMPANHEROS”
Pôxa! Tanta gente tem “cumpadre” rico ou poderoso, “padin” com trânsito nas altas esferas políticas, “cumpanhero” que distribui cargos públicos ou em empresas estatais, e eu, sem nenhum protetor desse gênero.
Pôxa! Tanta gente tem “cumpadre” rico ou poderoso, “padin” com trânsito nas altas esferas políticas, “cumpanhero” que distribui cargos públicos ou em empresas estatais, e eu, sem nenhum protetor desse gênero.
Gente burra como este cronista brutocéfalo não sabe escolher amigos nem parentes. Trabalha de sol a sol para receber salário e benefícios sociais amparados em pródiga legislação iniciada por Getúlio, Padin dos Pobres e ampliada pelo nosso atual Padin dos Famintos e dos Amigos. Como nunca pedi esmola e, sempre acreditei no meu valor pessoal fundado em muitos anos de estudo e de labor, não sou faminto nem moro em favela.
Contudo, lendo jornais, percebo que ignorantes e depauperados não são os que se afligem e pedem apoio lá de cima. Ignorante sou eu, que não sei bajular quem poderia me arrumar uma sinecura, com ampla permissão para se locupletar com grana do Estado, dinheiro sem dono, impessoal, que está por aí pedindo para ser apropriado pelos mais espertos. Que Deus os tenha e os Tribunais deixem prescrever suas raras e eventuais penas, quando pegos pelos rastros deixados por patas de unhas afiadas!
Se alguém souber, me indique um “cumpadre”, “padin” ou “cumpanhero” que aceite novos adeptos, novos acólitos, novos puxa-sacos... Também sou filho de Deus, até fui de esquerda no tempo de faculdade; gritei por Reforma Agrária e todas as de Base, que nunca foram feitas para valer, só de mentirinha, para ganhar votos. Agora nem penso mais nisso. Idealismo é coisa de jovem dos anos 60. Preciso mesmo é de reformar o bolso, estufá-los com moeda nacional, que dólar na cueca é vexame que não passo.
Se alguém souber, me indique um “cumpadre”, “padin” ou “cumpanhero” que aceite novos adeptos, novos acólitos, novos puxa-sacos... Também sou filho de Deus, até fui de esquerda no tempo de faculdade; gritei por Reforma Agrária e todas as de Base, que nunca foram feitas para valer, só de mentirinha, para ganhar votos. Agora nem penso mais nisso. Idealismo é coisa de jovem dos anos 60. Preciso mesmo é de reformar o bolso, estufá-los com moeda nacional, que dólar na cueca é vexame que não passo.
Se meu “cumpadre” me ajeitar um bom negócio, desses de 5 milhão de dólar, vou abrir conta lá fora, uma poupuda "reserva monetária internacional" pra garantir o fim desse meu stress diário na paz de uma ilha caribenha. E bem secreta, isolada, longe de câmeras fotográficas e de grampos telefônicos, protegida por pirata inglês que me leve umas anjinhas loiras raptadas em galera espanhola, porque não pretendo gozar sozinho as delícias de um paraíso fiscal.
Que não me apareça um "Sexta-Feira", reinvindicando direitos territoriais de reserva indígena ou de quilombolas! Terei comigo um bacamarte e muita pólvora.
Sou Sem-terra, mereço o privilégio de invadir e me assentar, assegurado pelo "Padin" .
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