
Estória de fantasma
Havia um fantasma triste no casarão de pedra.
Vagava, vagava e vagava, pelos quartos vazios,
Na ronda do silêncio que acompanha espectros,
Na solidão dos que o espelho recusa a imagem.
Havia um fantasma triste buscando um par
Para bailar no salão de festa dos ancestrais
Ao som do vento que tocava valsa, da aragem
Ao cantar canções que não se ouviam mais.
Havia um fantasma triste e arrependido
De ter assassinado o tempo para ser eterno,
De ter sido um mago que enganara a morte
Para conservar a memória do que fora.
A lareira, de súbito, se acendeu.
Ela chegou, pálida, loira e bela.
O fantasma sorriu.
O mundo se apagou.
Havia um fantasma triste no casarão de pedra.
Vagava, vagava e vagava, pelos quartos vazios,
Na ronda do silêncio que acompanha espectros,
Na solidão dos que o espelho recusa a imagem.
Havia um fantasma triste buscando um par
Para bailar no salão de festa dos ancestrais
Ao som do vento que tocava valsa, da aragem
Ao cantar canções que não se ouviam mais.
Havia um fantasma triste e arrependido
De ter assassinado o tempo para ser eterno,
De ter sido um mago que enganara a morte
Para conservar a memória do que fora.
A lareira, de súbito, se acendeu.
Ela chegou, pálida, loira e bela.
O fantasma sorriu.
O mundo se apagou.
Antonio Carlos Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário