
ANJOS-DEMÔNIOS
Somos duais, anjos-demonios
Engarrafados num só vasilhame,
O mesmo onde habitam os sonhos,
A fera e a corça,
O tatu e a pomba,
O gato e o rato,
O asno e a coruja,
O recato, o desacato,
O cuidado que sonda,
O impulso e o vexame.
Viemos do enxame de estrelas,
Na cauda dos cometas,
E crescemos pelos mundos.
Somos frágeis por contê-las
Nos cantos mais profundos.
Somos duais, anjos-demonios
Engarrafados num só vasilhame,
O mesmo onde habitam os sonhos,
A fera e a corça,
O tatu e a pomba,
O gato e o rato,
O asno e a coruja,
O recato, o desacato,
O cuidado que sonda,
O impulso e o vexame.
Viemos do enxame de estrelas,
Na cauda dos cometas,
E crescemos pelos mundos.
Somos frágeis por contê-las
Nos cantos mais profundos.
Antonio Carlos Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário