segunda-feira, outubro 13, 2008





ESCULTURA


Não há ternura na pedra, no gesso, no bronze.
Na mão flama do artista resplandece a luz
A alma bela e vibrante da escultura
Que clama pela elegia à beleza
Criatura envaidecida do Homem-Deus.

Do mito à vida, do pedestal ao corpo,
Da magia à realidade, do desejo ao ser,
Do ser ao sonho, do éter à pele,
Ao roçar leve dos dedos meus
Tateando a maciez do rosto,
O contorno dos seios, a seda do ventre,
A brasa escaldante do sexo,
Esta receita bruxa de cinzelar mulher.

Antonio Carlos Rocha


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