
O BARCO
Sou o barco que passa, velas amarelas,
Às vezes pandas, outras, infladas pelo vento,
Pilotado por um espírito inquieto
Que segue o rumo ditado pelas circunstâncias,
Sem medo de calmarias ou de procelas.
Foram muitas ilhas, enseadas, ancoradouros...
A ancora desceu e subiu, nunca se fixou demorada,
Pois o horizonte atrai o olhar e o coração.
O caminho percorrido e os tesouros são memória;
O que está adiante excita a imaginação.
Se me avistares quando passo,
Lembra-te que o aceno não dura,
O oceano é vasto e misterioso,
E os barcos foram feitos para navegar
Sobre as águas inconstantes da ventura.
Direitos reservados:
Antonio Cralos Rocha
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