quinta-feira, fevereiro 12, 2009






UM SONHO

Traças no armário dos sonhos
Fazem dos dias enfadonhos
Vagões de metrô vagando em túneis
Assombrados por lembranças
Que sobem nas mesmas estações,
E descem antes do terminal.

Na Liberdade há um cego
Tocando o bandolim
E a menina de tranças
Cantando Amor sem Fim.

Veja e ouça se passar por lá!
Perder minutos, mal não fará!
O som vai remendar os panos,
Matar as traças,
Liberar anseios,
Perfumar os planos.

Não precisa dar esmola!
O cego é rico,
A menina é fada.
Tudo não passou de um sonho.
Antonio Carlos Rocha

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