
UM SONHO
Traças no armário dos sonhos
Fazem dos dias enfadonhos
Vagões de metrô vagando em túneis
Assombrados por lembranças
Que sobem nas mesmas estações,
E descem antes do terminal.
Na Liberdade há um cego
Tocando o bandolim
E a menina de tranças
Cantando Amor sem Fim.
Veja e ouça se passar por lá!
Perder minutos, mal não fará!
O som vai remendar os panos,
Matar as traças,
Liberar anseios,
Perfumar os planos.
Não precisa dar esmola!
O cego é rico,
A menina é fada.
Tudo não passou de um sonho.
Antonio Carlos Rocha
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