quinta-feira, março 12, 2009

Poema cósmico




















NOITE INSONE

A noite insone exibe olhos vermelhos de Lua e Marte,
Conta estrelas, planetas, cometas, sóis moribundos,
Mas o sono não vem.

Imagina-se nua, vista de uma galáxia distante,
Cobre-se com o manto colorido da nebulosa,
Mas a insônia continua.

Pensa no despertar no universo além do buraco negro,
Sob a luz intensa e mágica de uma explosão de nova,
E, contudo, o sono lhe foge.

Um menestrel dedilha na lira a sinfonia das esferas,
Canta o poema que o bardo dedicou à sua amada,
E a noite adormece nos seios túrgidos da madrugada.






Antonio Carlos Rocha


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