
CONTRUIR O BARCO
Andei por caminhos emaranhados,
onde a luz desprezava o horizonte,
onde a opacidade do céu ocultava estrelas,
e os olhos se preocupavam com os abismos,
e os pés topavam com as pedras afiadas,
e as mãos tateavam em busca de um arrimo.
As espadas enferrujadas fugiam de combates,
não se achavam elmos para proteger a cabeça,
e a alma só se alimentava de frutos amargos.
Ao te ver na tela de cristal, me deparei com o sol,
e com o vasto mar querendo ser navegado,
com as gaivotas convidando para a dança no ar.
Construi um barco, teci a vela,
deixei o olhar preso à imensidão,
e confiante, singro ao teu encontro.
Antonio Carlos Rocha
2 comentários:
Na verdade meu amigo,meu poeta,meu maior presente de aniversário,natal,páscoa...de todos os dias,anos que ainda estão por vir,tem um nome Antonio Carlos Rocha.Grata sempre e para sempre por teu carinho...amo-te profundamente.
Beijos sabor bolo de chocolate!!!
Os taurinos sempre estão próximos na dimensão do afeto.
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