
PEGADAS NOS CAMINHOS
Eu vim por caminhos incertos,
coberto de poeira ou lama,
batido pelo sol ou chuva,
caminhando ereto ou curvado,
conforme mandava o destino.
Menino-homem não reclama,
dá topadas e se machuca,
mas se levanta e vai em frente
porque sabe que um dia chega
ao lugar certo que pressente.
Quem carrega no peito o sol,
no ouvido o murmúrio da brisa,
nos lábios a canção do vento,
acha amigos quando precisa,
consegue peixes sem anzol.
Plantei árvores beira estrada,
escrevi livros e poemas,
tive filhos e os eduquei.
A vida me foi namorada,
beijou as pegadas que deixei.
Antonio Carlos Rocha
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