quarta-feira, junho 10, 2009





ELEGIA À CARNE

Quando a carne deseja a carne
Faz com que o senso se desarme
Ao sentir o fogo da pele,
Ao cheirar o perfume de Venus,
Ao sugar o néctar dos lábios,
Ao alisar o arrepio dos seios.
Quando a carne penetra na carne
A mente saboreia o mel,
Os olhos param de ver,
A boca tem outro uso,
O coração descompassa,,
O tempo vira fumaça,
A vida supera a morte.
Quando a carne se faz carne
Os espíritos se fundem
Com a energia do universo
Para se transformar em sol
E pertencer à eternidade.

Antonio Carlos Rocha

Nenhum comentário: