quinta-feira, setembro 10, 2009


TERNURA


Não foi em vão aquele olhar

Que seduziu a fera n’ alma,

Ressuscitou o anjo morto

E devolveu ao mar a calma.


Não foi em vão aquele beijo,

Roçando os lábios e os olhos

Como se fora o beija flor

Ao saciar sutil desejo.


Se antes muita raiva houvera,

Lá se foi o tremor agora,

Quando a ternura a paz libera

Num vôo de contentamento.


O tempo afogará a mágoa,

Carinho tecerá amor

Na luz do nosso entendimento,

E no teu rio que em mim deságua.


Antonio Carlos Rocha

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