DILÚVIO
Quarenta dias e noites,
Cai a água em abundância,
Lufas de dilúvio, açoites,
Nunca vistos desde a infância.
Senhora dos Inundados,
Tende piedade de nós!
De parentes de afogados,
Dos que ficaram a sós.
Dos que cobriram a terra
Com um manto de cimento,
Das casas ao pé da serra,
Do lixo deixado ao vento.
Que venham Noé e a arca,
Para ajudar no resgate
Das gentes que a chuva encharca,
Mas o desgosto não abate!
Antonio Carlos Rocha
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