segunda-feira, janeiro 25, 2010

Homenagem a São Paulo no dia do aniversário






SAMPA DAS ÁGUAS







Meu Sampa das águas que rolam


Transformando ruas em rios,


Das gentes e carros que atolam


Deixando os cinemas vazios.


Mesmo assim eu te amo.






Sampa das garotas bonitas


Que agora não saem de casa


Para não ficarem aflitas


Se a enxurrada é funda ou rasa.


Mesmo assim eu te amo.






Sampa dos bares tristonhos


Sem a presença da moçada


Com seus gritos, risos e sonhos


E do bêbado na calçada.


Mesmo assim eu te amo.






Sampa da Paulista cinzenta,


Onde bailam os guarda-chuvas,


Do Trianon que descontenta


Até as alegres viúvas.


Mesmo assim eu te amo.






Sampa de hoje e de amanhã,


Das muitas coisas que reclamo,


Tem a magia de anciã


Em cujos braços me derramo.


É assim mesmo que eu te amo!






Antonio Carlos Rocha

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