ANJOS DA NOITE
Miltinho, quanta saudade do teu canto,
Da magia da voz que nos conduz
Pelas alegrias e tristezas da vida,
Chama o riso e por que não o pranto
Num momento em que o sublime
Nos penetra na alma e nos seduz.
Depois, pousamos na terra, anjos da noite,
Despidos das asas e do encanto
Da música que nos levou ao céu.
E conversamos sobre o dia e seu açoite
Do qual os que amam não escapam,
Pois a realidade não tem sabor de mel.
A troca de sentimentos entre amigos
Nos torna humanos e solidários,
Imunes às penas e aos castigos
Que são apenas temporários.
Alegres, brindamos ao tempo e ao vento,
Pois levam as dores e o seu lamento.
Antonio Carlos Rocha.
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