MULHER-MIRAGEM
Com palavras modelei a sacerdotisa,
Do Amor minha vestal impura,
Companheira das noites assombradas
Pelas batalhas que lutei nos dias.
Entre lençóis ela cicatriza
A ferida que me tortura,
Quando acordo só nas alvoradas,
Trêmulo nas manhãs vazias.
Adoro essa mulher-miragem
Que me excita durante o sono,
Pois ao pesadelo não dá passagem,
E afasta o espectro do Abandono.
Antonio Carlos Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário