sexta-feira, maio 21, 2010



SER E NÃO SER



Já não sou o ontem

Onde tudo se dissolveu no éter

Como flagrância de flores

Na brisa suave da noite.



O tempo esboroa o universo

Os atos, as sensações vivenciadas.

Ontem morri ao nascer da lua.



Hoje o sol me renasce outro.

O outro não tem asas

Mas paira entre nuvens

De onde extrai a lembrança,

Do que foi,

Do que fluiu,

Do que morreu.


Um dia, haverá

Só luz,

Só céu,

Sem nuvens.

Antonio Carlos Rocha

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