terça-feira, maio 18, 2010





VENTO À BEIRA DA ESTRADA







O vento que sopra à beira da estrada



me diz dos amores que passaram



como o tropel de uma boiada



levantando poeira e sonhos vãos,



e das amizades que ficaram



tornando os boiadeiros irmãos.







Montei na égua da vida



E percorri seus caminhos



Que se juntam dentro d’alma.



O tempo me deu guarida



Com suas flores e espinhos



Seguindo as marcas da palma.







Deveria estar repousando



Na rede dos que se fartaram



Dos sonhos que a chuva levou.



Mas pelas quebradas eu ando



Sem lamento dos que pararam



Porque seu sonho se findou.




Antonio Carlos Rocha

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