segunda-feira, agosto 02, 2010








PÁGINAS EM BRANCO





Aquele pingo de amor que gotejou dos olhos teus
Guardei no lenço, não secou até hoje.
As juras dos lábios a memória reservou
Para os momentos de desassossego e dor.
O rosto no rosto, a pele na pele, o corpo no corpo,
A teia dos dedos, a colméia dos beijos,
Foram prece conjunta no tempo de estar e de ser,
Na hora marcada pelo suspiro do adeus.


Voltarei? Voltarás?
Haverá um retorno?


Não sou e nem serei o mesmo, nem serás.
Guardei o relicário.
Guardaste o diário?
Nele há páginas em branco para uma nova história.
Ainda componho poemas que já não falam de paixão.
Ela também fugiu das tuas canções.




Na vida sempre restam páginas a preencher.
Esperam um verso, uma rosa, uma clave de sol.
Quem escreverá a primeira letra?

Antonio Carlos Rocha


2 comentários:

Ana Cristina M. disse...

Simplesmente lindo Antonio,os teus versos,a tua sensibilidade,sempre me tocam à alma.
Beijo,carinho e muita admiração!!!

Ana Cristina M. disse...

Simplesmente lindo Antonio,os teus versos,a tua sensibilidade,sempre me tocam à alma.
Beijo,carinho e muita admiração!!!