PÁGINAS EM BRANCO
Aquele pingo de amor que gotejou dos olhos teus
Guardei no lenço, não secou até hoje.
As juras dos lábios a memória reservou
Para os momentos de desassossego e dor.
O rosto no rosto, a pele na pele, o corpo no corpo,
A teia dos dedos, a colméia dos beijos,
Foram prece conjunta no tempo de estar e de ser,
Na hora marcada pelo suspiro do adeus.
Voltarei? Voltarás?
Haverá um retorno?
Não sou e nem serei o mesmo, nem serás.
Guardei o relicário.
Guardaste o diário?
Nele há páginas em branco para uma nova história.
Ainda componho poemas que já não falam de paixão.
Ela também fugiu das tuas canções.
Na vida sempre restam páginas a preencher.
Esperam um verso, uma rosa, uma clave de sol.
Quem escreverá a primeira letra?
Antonio Carlos Rocha
2 comentários:
Simplesmente lindo Antonio,os teus versos,a tua sensibilidade,sempre me tocam à alma.
Beijo,carinho e muita admiração!!!
Simplesmente lindo Antonio,os teus versos,a tua sensibilidade,sempre me tocam à alma.
Beijo,carinho e muita admiração!!!
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