sábado, setembro 11, 2010

Relembrando



Balada para a Flor Noturna



Das noturnas flores, rara espécie,

Por ser bela, pura e luminosa,

Você é a chama que me aquece,

Faz sentir-se jovem alma idosa.

Você sabe o quanto eu a quero

Junto ao ombro amigo e protetor,

Com carinho do querer sincero,

De quem foi amado e deu amor.

A mão que na minha se esquenta

Tem receio por ser tão pequena,

Ave presa na garra cinzenta

Dum poeta e sua cantilena.

A má fama é sempre a do bardo,

Bem pior que a do belo cantor.

Um é gato, o outro é leopardo,

E dos dois, donzela tem pavor.

Mas percebo em seus olhos cobiça,

Quando outra de mim se apega.

O ciúme bravio enfeitiça,

Mas amar você rejeita e nega.


Seu destino é ser flor do dia,

O meu é viver na fantasia.





Direitos reservados: Antonio Carlos Rocha



























Nenhum comentário: